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Nota introdutoria

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Vincent
AutorFernando Sousa Magalhaes
Cargo del AutorEx Presidente do Conselho Distrital de Porto da Ordem dos Advogados/Ex Membro do Conselho Superior da Ordem dos Advogados Portugueses
Páginas13-15

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Qual o papel actual do Advogado? O que se espera da Advocacia, no presente e no futuro?

Estamos conscientes da voracidade do tempo e das dificuldades de adaptação, reajustamento e modernização que a Justiça e a Advocacia atravessam, com evidente pressâo e desgaste no património deontológico da nossa profissão, acumulado ao longo de milénios de história, pondo em crise a sua própria identidade.

A Advocacia como elemento essencial da acção da Justiça, tem porém resistido ao longo de milénios e sobrevivido a outras crises bem mais profundas, pelo que poderemos estar seguros do seu prestígio no futuro desde que continuemos a assumila e afirmála como instrumento fundamental ao serviço dos cidadãos na realização do ideal de Justiça enquanto conquista e exigência, cada vez mais intensa, da nossa civilizaçâo.

O Advogado é, antes do mais, um servidor da Justiça, e como tal assume, no âmbito da sua deontologia específica, deveres não só para com os seus clientes, colegas e magistrados, mas também e numa dimensão mais profunda, para com os cidadãos, o que reclama independência e uma elevada consciência ética.

Este optimismo, contudo, não nos deverá alhear do combate contra a tendência actual para a mercantilização da profissão e, consequentemente, uma certa degradação deontológica, afastando -a da sua essência, motivada pelo seu envolvimento no fenómeno de mundialização da economia, da eliminação geográfica das fronteiras, da liberalização das trocas, das novas tecnologias da informação e da medeatização da vida judiciária.

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Este combate passa pelo reforço da Deontologia da Advocacia, o que equivale, a uma exigência de estudo, aprofundamento e divulgação da sua ética própria e do seu espírito de missão, como corolário do dever de cidadania.

Devemos por isso estar todos, Cidadâos e Advogados, em particular no quadro da nossa comunidade peninsular ibérica, orgulhosos e jubilosos pelo extraordinário valor e relevância que nesse combate assume a obra que tenho a honra de introduzir, intitulada de "Génesis y Desarrollo Histórico de la Abogacía Ibérica como Profesión Jurídica".

Enraízada nos padrões culturais que deram corpo estrutural, há um ano atrás, à "Iberidade" -No silêncio profundo das raízes- "ensaio verbo do ortograma xeopolítico ibérico", onde Modesto Barcia alicerça, à luz da convergência do pensamento e da história dos Países peninsulares, um conceito moderno e descomplexado da "Iberi- dade", como factor estratégico nuclear ao...

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